sexta-feira, 29 de junho de 2007

Assassinato Estudantil

Sempre acordei cedo para ir à escola
Nunca matei aula apesar de ter matado um colega
A emoção que senti, foi incrível
Acreditem, maior q minha primeira cola

Mas os problemas sempre se resolveram
ninguém nunca me levou a sério,
Nem mesmo os professores
Ou meus coleguinhas chorando no necrotério

Meus pais pagaram a fiança,
E a família que ficou sem a criança
Padecendo de ódio,
Vivem me jurando vingança

Certo dia na saída do colégio,
encontrei seu pai, ou alguém parecido com ele
O tio da Kombi ao invés de me buscar na aula
Foi reconhecer meu corpo no IML

quarta-feira, 27 de junho de 2007

CIÚME FATAL

Mesmo depois de morto
Ainda não acabou minha tortura
Pois quando mal cheguei a sepultura
Minha viúva casou-se com outro

Mas eu não hei de aceitar isto
Me levantarei desta tumba
Mesmo zumbi, eu jamais desisto
Acreditem eu me vingarei

A buscarei em cada rua
Seguirei cada passo
Invadirei se preciso seu quarto
Para liquidar com aquela vadia

Quando eu encontrá-la
Eu a levarei comigo
Para dormir viva
Enclausurada no meu jazigo!

Adeus Amigo HAHAHA

Quanta tristeza
Reunimos hoje aqui
em torno desta mesa
De nosso velho amigo

Um fim notável
Um verdadeiro guerreiro
Decapitado
Pelo paralama de um caminhoneiro

Não merecia morrer logo hoje
Quando seria promovido
Justo agora, pasmem
Quando nasceu seu filho

Mas é sempre assim que termina
Um corpo jogado numa cova
Uma luz tênue como um farol baixo
A vontade de rir, de ir e ir...

Os papéis ficaram no escritório
O seu chefe assustado
O celular no carro
E seu corpo com o funerário

Mas quem ficou feliz
não nega
A morte conveniente
Para seu íntimo colega!

terça-feira, 26 de junho de 2007

Funesto

Olá pessoas, a partir de hoje passarei a postar aqui contos de morte, dor, depressão...até o dia em que eu morra...ou canse...
26.06.2007 - xx/xx/xxxx


Frio Funesto (Álvaro de Bem)
Nesse mar de dor onde me afogo
Nesse antro escuro e frio onde estou preso
Necessito que levem minhalma logo
Necessito da luz do fogo aceso

Este caminho só me leva ao inferno
Onde a esperança não acha mais saída
Na clausura de um caixão eu visto terno
Elegante meu cadáver no pós-vida

Minha alma perde o corpo onde reside
E o gelo no meu rosto é queimadura
Condenando para sempre a mão que agride
A escuridão permanente da sepultura!

Lei Sinistra (Álvaro de Bem)
Se soubéssemos que fim teria
A morte calma, lenta e repetida
Ah se viesse, uma vez mais em sintonia

Num manto negro, pálido e triste
Sua doce e lânguida pele branca
Seu longo e fino braço esquálido
Compõe com a alma, um corpo que não existe

Um sopro quieto, gélido e perturbante
Um sopro sem ar, de morto
É um sinal fúnebre e mistério
É um pedido, um convite, ao decomposto

O assunto é funéreo e nauseabundo
É uma regra até deitar-se em seu leito
É a fé e outras coisas que eu rejeito
Uma temporada no subterrâneo mormacento.

Morte do Ateu (Álvaro de Bem)
O relato sombrio de uma passagem
Infesta o ar repugnante
É um banquete para corvos e abutres
Um ritual que transcende o entedimento
Dos que se espremem em gavetas de cimento

Toquem um réquiem nesse cortejo
Busquem algo mais para o velório
Do que a espera incessante
Do futuro inevitável claustrofóbico

Esse arrepio que percorre nossa espinha
Como um dedo gelado em sua coluna
É um sinal do destino que definha
Cremado, encerrado em uma urna

Uma ofensa é não sentir todo esse medo
De que algo os espíritos reservam
Para o coração do Ateu que morreu cedo.